A confiança no comércio teve alta de 1,5% entre agosto e setembro, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgado nesta quarta-feira (21), com o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) batendo 93,5 pontos. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a melhora é de 14,8%.
Porém, a economista da CNC Izis Ferreira aponta que “ainda não é possível afirmar que a recuperação do comércio ocorrerá em breve”. “O ritmo da queda nas vendas vem diminuindo, mas ainda não indica um aquecimento do varejo. As condições do mercado de trabalho e o crédito caro ainda são um entrave para a retomada do consumo e consequentemente das vendas”, afirmou a especialista em nota.
Perspectivas sobre a economia
O índice que mede a percepção do comércio sobre a economia teve uma melhora de 72% em setembro com relação ao mesmo mês de 2015, diz a pesquisa. O componente que mede as condições atuais alcançou 53,2 pontos. O resultado mostra uma elevação de 25,4% em relação a setembro de 2015 e de 6,3% em relação ao mês anterior, segundo a CNC.
Na comparação com setembro de 2015, destacou-se a avaliação do futuro da economia, que registrou elevação de 32,7%. Para 76,4%, a economia vai melhorar nos meses à frente.
Já o componente que mede as condições de investimento registrou 83,4 pontos, influenciado pela alta de 0,6% na intenção de contratar funcionários, de 0,8% de aumentar os investimentos na própria empresa e uma ligeira melhora, de 0,1%, na avaliação do nível dos estoques.
O resultado positivo deste mês – com aumento de 0,5% ante agosto e 3,9% ante o mesmo período do ano passado – já captura as intenções de contratação de funcionários temporários para as festas de fim de ano, de acordo com a CNC. Na comparação anual, no entanto, evidencia-se uma retração nas intenções de investir na empresa (-1,2%) e nos estoques (-3,7%), o que reflete a evolução negativa do setor este ano.
Para 71,7% dos empresários consultados, as intenções de investir no capital social das empresas são menores. Do total de varejistas, 30,9% acreditam que os estoques estão acima do adequado.
FONTE: G1 SÃO PAULO