Fernando Vitorino, 31 anos, e Cassiano Borges, 32 anos, conheceram-se em 2013 enquanto trabalhavam em uma agência de publicidade na cidade de Campinas, interior de São Paulo. Vitorino criava o conceito, e Borges, como designer, fazia as execuções. A parceria deu tão certo que eles decidiram criar juntos a Boemi, e-commerce de quadros minimalistas. Prestes a completar um ano de operação, a empresa projeta atingir um faturamento total superior a R$ 1 milhão.
A ideia do negócio surgiu no início de 2020, quando Vitorino mudou de casa e buscou por quadros para usar como decoração. Não encontrou nenhum modelo que combinasse com a sua personalidade, e chamou Borges para conversar sobre uma oportunidade no mercado. “Já tínhamos conversado antes sobre empreender, e pensei que poderiamos trabalhar juntos”, diz Vitorino. Borges, que anteriormente já tinha pensado em criar um negócio de quadros minimalistas, topou sem pensar duas vezes.
Em março de 2020, os dois começaram a desenvolver a Boemi. “Não conhecíamos muito do mercado, mas eu tinha o sentimento de que daria certo”, diz Vitorino, que também buscou por empresas fornecedoras de quadros. Então, os amigos começaram a criar as artes juntos.
Depois de desenvolverem 100 quadros, Borges começou a criar o site a partir do zero. A ideia era que o e-commerce ficasse pronto em um mês, mas acabou demorando seis meses. “Foi um dos sites mais complexos que eu já fiz, e surgiram muitos problemas que eu não esperava. Temos muitas variações de produtos e isso acabou deixando o e-commerce muito pesado”, diz o empreendedor. No lançamento da marca, em dezembro de 2020, o site estava tão lento que teve de ser tirado do ar, sendo relançando no mês seguinte.
A divulgação do negócio foi feita pelas redes sociais, especialmente pelo Instagram, com publicações diárias. O primeiro mês teve um faturamento de R$ 7 mil. Ao longo do ano, a média mensal chegou aos R$ 100 mil. Um dos motivos para o sucesso rápido, acreditam os empreendedores, é a característica dos quadros. “Misturamos diversos estilos, como o boho e minimalista, e conseguimos criar algo único”, diz Vitorino. Borges complementa: “Existe um toque de nossa visão em tudo o que fazemos. Somos rápidos para colocar tendências em prática”.
A empresa vende apenas pela internet, já que a ideia dos empreendedores sempre foi ter um negócio virtual. “Temos vontade de um dia morar fora do Brasil, e quisemos um modelo de negócio digital e automatizado que permitisse isso”, diz Vitorino. Hoje, os amigos administram a empresa à distância: Vitorino na cidade de São Paulo (SP) e Borges, em Itanhaém (SP). Ainda assim, eles pensam em criar um showroom para os clientes que desejam conhecer os produtos pessoalmente antes de comprar.
Os empreendedores têm muitas ideias sobre o futuro. Uma das possibilidades é transformar a Boemi em um marketplace de produtos de decoração. “Estamos estudando a possibilidade de agregar artistas. Mas, se isso acontecer, manteremos nossa curadoria e teremos um time seleto para manter a identidade da marca”, diz Borges.