Brinquedoteca do Hospital Irmã Dulce proporciona lazer às crianças

A brinquedoteca do Complexo Hospitalar Irmã Dulce (CHID) já está em funcionamento, levando cores, lazer e muita alegria às crianças atendidas na ala pediátrica da unidade. A sala funciona de segunda à sábado, das 14 às 16 horas, e conta com voluntários, que acolhem os pequenos e seus acompanhantes. O objetivo é dar maior conforto aos pacientes infantis e familiares durante a permanência no local.

O equipamento foi reativado a partir de uma parceria com o Rotary Club de Praia Grande, que já havia contribuído anteriormente para a existência da brinquedoteca e agora incorporou novos brinquedos ao local. O projeto é coordenado pela equipe do CHID e conta com voluntários da Associação de Capelania na Saúde (ACS), que já faz um trabalho de acolhimento no hospital.

“A brinquedoteca é um espaço importante para as crianças que ficam muito tempo internadas no hospital, é um espaço lúdico que foi construído por meio de uma parceria com o Rotary, que forneceu os brinquedos e deixou o espaço lindo. Estou muito feliz, pois vamos deixar a estada das crianças no hospital mais leve, com um atendimento mais humano”, afirmou a prefeita Raquel Chini.

E basta uma olhada nas crianças passeando pelos brinquedos da sala para perceber o quanto pode ser importante esse momento lúdico para o tratamento delas. É o caso de Brayan Henrique Diniz Viana, de 1 anos e 5 meses, internado com broncopneumonia. A mãe Erika Larissa Diniz, 25 anos, adorou a reabertura do espaço. “De coração eu achei muito bom, porque ele se distrai e não sente tanto que está no hospital. Ele fica mais à vontade, brinca, não tem tanta mudança na rotina dele. E é bom para a gente, até consigo descansar um pouco enquanto ele brinca”, disse.

A equipe de enfermagem define quais crianças estão habilitadas a utilizar a brinquedoteca naquele dia, levando em conta questões de saúde, visando o bem-estar de todos os pacientes. “Por exemplo, tem crianças que estão tomando medicação naquele momento e não podem ir. Outras estão em isolamento e não podem compartilhar o mesmo ambiente das demais. Então, são algumas circunstâncias que são vistas previamente antes de liberar a vinda deles para a sala”, explicou a coordenadora multidisciplinar do CHID, Priscila Ranea Santana.

O trabalho é reforçado pela atuação dos voluntários, que acompanham as crianças e os familiares. “Nós montamos uma escala e no horário de funcionamento há sempre dois voluntários para dar o apoio necessário no espaço. A gente acompanha as atividades e qualquer coisa reportamos à enfermagem. E ao final do dia toda a sala e os brinquedos são higienizados, preparando o local para o dia seguinte”, mencionou a pedagoga e coordenadora voluntária Vânia Bayer.

Essa participação dos voluntários transcende a brinquedoteca e é muito importante para o acolhimento dos pacientes e familiares do hospital. Fazendo esse trabalho há 17 anos, a capelã da ACS, Silvia Regina dos Santos, demonstra em suas palavras todo esse carinho ofertado ao próximo. “É um presente poder doar um pouco de nós, pois a gente interage com a família e a criança ou o paciente no leito e aprende muito com eles. Nossa visita e conversa os deixam mais animados, mais alimentados na fé, mais seguros e cuidados. Costumo falar que a gente medica a alma, porque é um tempo que a gente cuida deles de forma diferente do médico, mas que também faz parte e os auxilia, porque a espiritualidade caminha com a medicina”, comentou.

Regras – O projeto tem como coordenadora responsável a enfermeira e pedagoga Raquel de Abreu Barbosa de Paula. Ela produziu, em conjunto com a pedagoga Vânia e a capelã Silvia, um guia com regras de convivência para o melhor trabalho da equipe de voluntários e o maior aproveitamento dos visitantes. A brinquedoteca conta com brinquedos diversos, como piscina de bolinhas, casinha, itens de montar, carrinho, cavalinho, cozinha e mala de ferramentas lúdicas, além de contação de histórias e musicoterapia, tudo para o divertimento dos pequenos.

E ao término do período de visitas dos pacientes, o local é totalmente higienizado com um desinfetante hospitalar com alto poder germicida, indicado para limpeza e desinfecção de superfícies fixas e artigos não críticos em hospitais. É permitida a permanência de, no máximo, oito crianças e seus acompanhantes.