Os irmão Erick Moutinho e Anderson Moutinho, junto com o amigo Victor Barros, trabalhavam há mais de oito anos como fornecedores de instituições de ensino quando tiveram uma ideia de negócio. Por estarem dentro do mercado, viram como a vida dos pais e mães não era fácil: muitos produtos do dia a dia escolar eram vendidos separadamente.
Foi daí que decidiram criar a Eskolare, empresa que monta lojas virtuais para escolas. Fundada em novembro de 2017, contam com 40 escolas na plataforma, mais de 6 mil vendas realizadas e um faturamento de R$ 300 mil.
Segundo Moutinho, um dos principais motivadores para ele e seus colegas abrirem um negócio foi a sintonia entre os três. “A única certeza que nós tínhamos era a de que o trio deveria tocar um negócio”, diz o empreendedor. Em 2017, tiraram a ideia do papel e começaram a conversar com as escolas.
“Muitas instituições de ensino estão adotando o período integral e isso aumenta a permanência do aluno na escola”, afirma. Por conta dessas mudanças, as escolas tiveram que adicionar ao seu portfólio de produtos novos itens. “Essa é uma gestão de 40 fornecedores diferentes. E não é esse o mote principal de uma escola”, diz.
Para os amigos, a única forma de melhorar esse processo – tanto para os pais quanto para as escolas – era agregando tudo em um lugar só. “Mas de maneira customizada.” Então começaram a desenvolver o negócio, que consiste em criar lojas virtuais para as empresas de ensino.
Como num e-commerce, os pais encontram todos os produtos que fazem parte da rotina de seus filhos. Entre eles, livros, uniformes, passeios escolares e até excursões mais complexas. “Eu considero a nossa empresa um canal direto entre agentes do ecossistema de educação. Acho que resolvi três problemas numa plataforma só.”
No modelo, a escola não paga pelo uso da plataforma. Os empreendedores cobram comissão dos fornecedores, numa média de 15% a 30% por venda realizada. Em seis meses de negócio, 40 escolas cadastradas e mais de 6600 vendas realizadas, totalizando R$ 2 milhões em transições. Desse valor, a empresa faturou R$ 300 mil.
Em 2018, espera chegar a 200 escolas cadastradas no Brasil. Além disso, os empreendedores estão estudando o mercado de Portugal, para uma possível expansão internacional.