Quando eu era aluno universitário, meu professor de Economia Adalto Junior, atualmente reitor da Unimonte, nos deu uma aula sobre economia de mercado perfeito.
Um mercado perfeito é um conceito em economia “neoclássica”, que se refere a um mercado com o que é conhecido como concorrência perfeita.
Um conjunto de condições que nenhum mercado participante tem o poder de afetar o preço de qualquer commodities compra ou venda.
Nesse modelo econômico, as forças da oferta e da procura irão produzir um equilíbrio de oferta e demanda para cada produto. E os produtos precisamente são semelhantes na qualidade, modelo e preço existente.
“Concorrência perfeita na verdade pode existir apenas no âmbito de um conjunto de condições que não são possíveis no mundo real, e assim não existem mercados perfeitos” Adalto Junior Professor de Economia na Unimonte.
Permita-me discordar disse eu ao professor, para quem conhece o professor Adalto, é bom ter algum embasamento quando disser isso…continuei eu na minha ansiedade de falar, existe sim um modelo de mercado perfeito. Então me diga disse o professor Adalto todo entusiasmado.
A feira livre, porque os produtos de uma feira livre são extremamentes parecidos, preços semelhantes, mas cada qual cliente compra de acordo com sua preferência, comodidade de localização e tom do grito. O professor parou um pouco e disse meio certo Fábio, mas o mercado perfeito não existe e continuou a aula.
De fato a feira é um modelo de economia perfeita, mas eu era muito jovem para poder dizer isso na época, hoje posso afirmar com toda segurança e respaldo acadêmico que sim, ainda digo mais, que as micros e pequenas empresas organizadas, produzem mais pelo país do que as grandes corporações.
O Comércio Varejista precisa reagir, aos grandes industriais que viraram varejistas na outra ponta da linha.
Mas como podem reagir? Se organizando em associações de classe e criando competividade, contribuindo com as esferas sociais e participando ativamente da sociedade em que se vive.
Não basta abrir uma loja, é preciso conhecer o cliente, envolver-se em suas causas, metas e costumes, para criar engajamento e comprometimento, assim como mais o feirante, que conhece cada cliente pelo nome, brinca com a dona de casa, separa aquela fruta preferida e cativa seu cliente num mercado onde temos preços e produtos idênticos.
O consumidor precisa começar a olhar sistematicamente a economia, como ferramenta da soução dos seus desafios, se eu compro no comercio de rua, no pequeno varejista, o dinheiro circula entre nós, o contrário não é verdadeiro. O dinheiro chama dinheiro, neste dia dos Pais, prestigie as pequenas empresas, e verá o resultado na sua porta.
Escrito por Fábio Leite, gerente da ACEPG.