As festas de fim de ano estão de volta, e os guias de etiqueta para se comportar bem também. Com o avanço da vacinação contra a covid-19 no país, empresas já começam a realizar as tradicionais confraternizações entre funcionários de forma presencial. Se em 2020 a ordem foi a celebração remota, via videoconferência, a tendência é que agora as companhias operem de forma híbrida, mesclando digital e presencial, ou até mesmo promovendo grandes festas pelo país.
Pensando nisso, PEGN falou com Gloria Kalil, jornalista e especialista em etiqueta, e Rafael Mendes, fundador da Peqii, startup especializada no engajamento de funcionários e treinamento de liderança. Para os dois, o cuidado principal deve ser com a saúde dos times e com a liberdade de escolha de cada pessoa. “Agora, é hora de ouvir as pessoas. Ver quem está inseguro e passar a sensação de que qualquer decisão é confortável para o seu funcionário”, diz Mendes.
De forma geral, a segurança deve estar em primeiro lugar. Caso os eventos aconteçam, Kalil recomenda que sejam solicitados comprovantes de vacinação das duas doses contra a covid-19, assim como um teste de covid-19 feito até 72 horas antes do encontro. “O ideal é cobrar o comprovante e o teste na porta. Se não tiver, não entra”, diz a especialista. Para Mendes, a lógica é a mesma. “Na minha visão, cobrar isso é garantir o conforto de quem se vacinou e quer se encontrar, é priorizar o coletivo”, diz o empreendedor.
Abaixo, confira outras dicas dos especialistas:
Plano B
A primeira dica de Kalil é para as empresas. Na visão da especialistas, as companhias precisam se preparar para possíveis mudanças de cenário, principalmente em razão da chegada da variante ômicron do coronavírus. “Hoje, a avaliação e a programação são feitas dia após dia. Por isso, eu acho que o ideal seria fazer pequenas festas, divididas por setores ou times”, defende. Caso a empresa opte pelo grande evento, Kalil sugere que a equipe de recursos humanos prepare um “plano B” em caso de cancelamento. “Tem de enviar um comunicado avisando que está mantida. Se for cancelar, tem de ter uma alternativa para os funcionários.”
Evite tocar
Na visão de Mendes, ouvir o funcionário não deve ser responsabilidade apenas da companhia, mas de todos que comparecerem à festa. “É preciso incentivar um respeito ainda maior entre as pessoas, porque você não sabe o quão confortáveis elas estão”, diz o empreendedor. Beijos e abraços, por exemplo, são evitáveis. “É um caminho de confiança que deve fortalecer a relação entre as pessoas.” Além disso, Mendes avisa: “É ok não ir ao encontro se não se sente bem”. E defende a comunicação. “É papel da empresa enfatizar que não haverá nenhum tipo de retaliação para quem quiser ficar em casa.”
Etiqueta de sempre
Além do comprovante de vacinação, dos testes de covid-19 e de exigir as máscaras, as dicas são as mesmas, conta Kalil. “Nada de exagero”, conta a jornalista. Evitar beber demais é a regra número um. Depois disso, ser discreto na presença dos líderes é um cuidado que não pode ser esquecido. “Chefe é chefe. O jantar da firma é trabalho, não lazer. Se fizer uma besteira, garanto que seu gestor não vai esquecer”, diz Kalil.
Fortalecer a conexão
A festa de fim de ano pode ser um bom momento para se conectar com o seu time de forma mais profunda, entende Mendes. “A comunicação institucional tem um caráter muito formal”, diz o empresário. Por isso, ele defende que gestor e equipe devem aproveitar a oportunidade para conversar. “Essa é uma relação que serve de base para motivação em qualquer empresa. É hora de fortalecer o contato.”