Comerciantes da região estão mais otimistas para o próximo Natal do que nos de 2015 e 2016. Apesar dos tímidos sinais de recuperação econômica, levantamento recente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Santos-Praia indica que, de 300 comerciantes ouvidos, dois terços pretendem abrir vagas para a época – juntos, cerca de 900 empregos.
O presidente da entidade, Nicolau Obeidi, acrescenta que 74% dos participantes da consulta apostam em resultado melhor do que no ano passado.
Para quem pensa em se recolocar, uma grande chance. Sobretudo porque a Baixada Santista é a região do Estado onde estão cinco das 15 cidades que mais fecharam empregos formais neste ano. Juntas, Cubatão, Guarujá, Praia Grande, Santos e São Vicente eliminaram 7.508 postos, segundo o Ministério do Trabalho.
“Não chegaremos ao patamar do início desta década, quando foram criadas de 2 mil a 3 mil vagas temporárias, mas acredito que vamos ter um aquecimento pequeno em relação aos últimos anos. Esses trabalhadores são necessários para atender esse aumento da demanda”, disse. A CDL reúne em torno de 1.300 associados.
Na avaliação de Obeidi, o trabalho no comércio é uma oportunidade interessante para ser efetivado posteriormente, mas desperdiçada por muitos jovens que não abraçam a chance por falta de responsabilidade e maturidade.
Tal qual a CDL Santos-Praia, a Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Assettem) prevê para todo o País maior geração de empregos desse tipo no fim do ano em comparação a 2016 (pode subir de 355.322 para 374.862).
A diretora de Comunicação da Assettem, Michelle Karine, explicou que as contratações no comércio começam a se intensificar a partir de outubro.
“Em 2015 e 2016, as empresas tiveram um enxugamento nos quadros para poder superar a crise. Se houver uma estabilidade da economia, é possível que eles tenham mais chances de efetivação. Estimamos que esse número alcance a casa dos 30%”, destacou