Para os clientes, as vending machines (ou máquinas de venda automática) são uma forma prática de matar a fome, a sede ou até de comprar eletrôncios. Já para as marcas, o equipamento serve de vitrine para atrair novos clientes e pode render parte importante da receita. Para estimular a adesão das pequenas empresas ao modelo, o Sebrae-PA desenvolveu uma versão exclusivamente para elas. Trata-se do Mercado Azul Point Machine.
A máquina de autoatendimento foi projetada para expor e vender até 47 produtos. A ideia é que ela seja instalada em pontos movimentados, como shoppings, centros de eventos e aeroportos, proporcionando visibilidade e faturamento a pequenos negócios.
O modelo está em fase de testes em Belém (PA) e pode chegar a São Paulo (SP) nos próximos meses. A ideia é que o modelo possa ser utilizado e adaptado em todo o país.
“Muitas vezes os empreendedores não têm como pagar para estar em um mercado ou farmácia. A iniciativa pode oferecer essa capilaridade e uma validação do Sebrae aos produtos”, afirma Rubens Magno, diretor superintendente do Sebrae no Pará.
Vitrine certificada
O projeto surgiu como um desdobramento do Mercado Azul, espécie de catálogo digital lançado pelo Sebrae Nacional para expor produtos e serviços de pequenos negócios. O anúncio pode ser feito de forma gratuita e permite aos clientes localizar e entrar em contato com a empresa desejada.
Decidido a levar a iniciativa além, o Sebrae-PA desenvolveu o Mercado Azul Point Machine como seu modelo físico. Uma unidade piloto foi instalada em sua sede em Belém e reuniu produtos de 15 marcas atendidas pela instituição. Em 15 dias, o faturamento da máquina chegou a R$ 1,5 mil.
Agora, a instituição negocia contratos com dois shoppings, um aeroporto e um centro de convenções na cidade. As quatro novas máquinas devem ser instaladas nos próximos três meses. O Sebrae-PA também planeja incluí-las em seus stands nos próximos eventos institucionais.
Licenciamento
O modelo de negócio do equipamento ainda está sendo desenhado, mas Rubens afirma que as unidades serão administradas por empreendedores e não pelo Sebrae. Sendo assim, o responsável pelo equipamento terá toda a sua margem de lucro. “Nosso negócio não é locação de máquina, é abertura de mercado”, afirma o diretor.
Já os produtos expostos continuarão passando por uma curadoria da instituição. Nos próximos meses, o Sebrae-PA deve expandir a lista de empresas selecionadas. Além de alimentos, as máquinas poderão vender itens artesanais e até souvenirs.