Toda crise econômica ocasiona um aumento expressivo no número de clientes devedores. Diminuir a inadimplência torna-se um desafio para muitas empresas, que precisam adotar novas estratégias de cobrança, acompanhadas de uma abordagem mais humana.
Nesse contexto, a empatia é o que possibilita um ponto de equilíbrio entre o financeiro e o relacionamento com o consumidor. Ainda mais agora. Em todos nós, a pandemia despertou muita incerteza em relação ao futuro. Por isso, uma aproximação empática, aliada à transparência e ao pragmatismo, certamente trará bons resultados.
Outro fator crítico é a falta de conhecimento em relação às ferramentas de cobrança. Habituado a utilizar sempre as mesmas técnicas, o empreendedor se vê numa incógnita. Ele percebe que precisa inovar e adotar novas ações, porém, não sabe por onde começar.
Logo, se você quer saber como diminuir a inadimplência, você está no lugar certo. Neste post apresentamos estratégias de cobrança aliadas à empatia, que trazem bons resultados e preservam o relacionamento com o cliente.
O que é inadimplência?
Quando um consumidor deixa de pagar suas obrigações financeiras, ele se torna inadimplente. Entre essas obrigações, temos:
- Contas fixas como aluguel, água, luz, internet e telefone;
- Faturas de cartão de crédito;
- Mensalidades escolares;
- Compras à prazo;
- Empréstimos;
- Financiamentos;
- Entre outras.
Mas, o que faz um cliente deixar de pagar uma conta?
Às vezes, pode ser um simples esquecimento. Ou então, uma opção. Todavia, em períodos de crise, até mesmo bons pagadores podem se tornar inadimplentes. No momento, todos nós estamos passando por dificuldades financeiras e, infelizmente, muitas pessoas acumularão dívidas.
Quais problemas a inadimplência causa para as empresas?
Essa situação é prejudicial tanto para os consumidores, quanto para as empresas.
Negativado, o comprador não poderá adquirir novos créditos sem antes quitar o quanto deve. Com isso, lá se foi o sonho da casa própria ou o financiamento de um carro, por exemplo.
Já para as empresas, a inadimplência também traz consequências ruins. Afinal, ela precisa de recursos financeiros para manter suas operações.
Quando uma instituição possui muitos clientes inadimplentes, o fluxo de caixa é impactado, dificultando toda a administração financeira. O pagamento de funcionários, fornecedores e dos próprios sócios será influenciado. Até mesmo a verba destinada à ações de marketing e vendas será prejudicada. Não por menos, a vantagem competitiva diminui.
Então, veja como é importante controlar a inadimplência. O ideal é que esse índice não seja maior que 3%.
Como cobrar um cliente?
Você deve estar se perguntando: “de que formas eu posso cobrar um cliente?”
Bem, na verdade, o controle de inadimplência começa antes mesmo do cliente deixar de pagar uma conta.
Você pode, por exemplo, enviar lembretes via SMS ou e-mail, avisando que a data de vencimento de um boleto está próxima. Assim, sua empresa diminui as chances de falta de pagamento por esquecimento.
Porém, caso o cliente não pague a dívida, você poderá avisá-lo, seja por SMS, e-mail, ou ainda, telefone.
Nesse momento, demonstre preocupação e empatia. Diga que você percebeu que a conta não foi paga, pergunte o que aconteceu e como você poderia ajudar. Provavelmente, o consumidor retornará o contato.
Mas, se ainda assim você não tiver resposta, o ideal é partir para a negativação.
“Negativar” um inadimplente é registrar seu CPF ou CNPJ no SCPC e outros birôs de crédito. Essa medida impede o devedor de adquirir mais crédito no mercado.
Até então, as empresas podiam negativar seus clientes inadimplentes 10 dias após o vencimento da fatura. Contudo, devido ao coronavírus, esse prazo foi estendido para 45 dias. A decisão foi tomada pela Associação Nacional dos Bureaus Crédito (ANBC) no dia 09 de abril. Saiba mais.
Essa mudança ressalta a importância de medidas preventivas, como a análise de crédito, e de um acompanhamento mais próximo.