Um estudo realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) mostrou que os brasileiros aumentaram suas compras online, passaram a usar meios digitais de pagamentos e devem continuar com esses hábitos de compra e consumo no pós-pandemia.
De acordo com o levantamento, 61% dos clientes que compraram online durante a quarentena aumentaram o volume de compras devido ao isolamento social.
E 52% dos entrevistados estavam comprando mais em sites e aplicativos durante a quarentena, sendo que 70% deles pretendem continuar comprando mais online do que faziam antes da covid-19.
O destaque foi para a compras de alimentos e bebidas para consumo imediato que cresceram 79%.
Conforme o estudo “Novos hábitos digitais em tempos de Covid-19”, que entrevistou mil pessoas em todo o país, a crise do coronavírus fez com que a transformação digital do varejo se tornasse prioridade para poder manter os negócios em operação.
O levantamento também mostra que devido ao aumento da demanda no comércio eletrônico, os prazos para entrega aumentaram, com 69% dos consumidores que notaram prazos mais longos e 57% considerando esse aumento aceitável.
Pelo menos 11% dos consumidores deixaram de comprar online devido ao prazo de entrega.
“Nesta quarentena, as compras de muitas categorias passaram a ser mais planejadas e, com isso, um prazo de entrega mais alongado se tornou aceitável. A satisfação dos clientes, na faixa de 80%, mostra que o e-commerce vem conseguindo absorver bem o aumento de demanda”, disse o presidente da SBVC, Eduardo Terra.
Segundo os resultados da pesquisa depois de experimentarem o comércio eletrônico em novas categorias, o consumidor brasileiro indica que está mudando o comportamento de consumo.
“Está havendo uma mudança real de comportamento e empresas que conseguirem se relacionar bem com os clientes neste momento terão uma grande vantagem no pós-crise”, avaliou o presidente da SBVC.
Algumas dicas para você explorar o comércio online:
1- Com o distanciamento, a praticidade, comodidade e segurança da compra online são a solução para quem vende e para quem compra.
2- Agregue valor ao seu produto.
3- Comunique seus clientes sobre suas medidas de segurança em limpeza e higiene dos produtos, isso passa confiança.
4- Seja flexível para trocas.
5- Pense em como será feita a entrega. Combine claramente a forma, prazo, datas e horários.
6- Prefira pagamentos eletrônicos como as fintechs (paypal, picpay, por exemplo) transferência bancária ou cartões (com higienização sempre). Evite dinheiro como forma de prevenção à contaminação. Se for usar maquininhas, elas devem ser higienizadas.
7- Considere fazer parcerias para combos de produtos ou serviços ou par aumento de produção.
8- Aproveite para iniciar ou estreitar o relacionamento com os clientes, principalmente para retomar o contato após o isolamento social.
Se você quiser vender via marketplaces, as orientações são:
1.
Se você já tem uma negócio, talvez tenha que repensar o seu modelo para passar a vender pela internet. Pode ser que seja preciso alterar o seu CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas), o que você pode fazer, gratuitamente, no portaldoempreendedor.gov.br.
2.
Você terá que fazer um mínimo de planejamento para entrar no canal online, como escolher os produtos mais adequados, aprender a vender usando texto, pesquisar taxas dos diferentes marketplaces, investir em boas fotos que serão usadas para o anúncio.
3.
Vai ter que saber precificar para a venda online, nem sempre é só uma transferência de canal. Calcule seu custo corretamente.
4.
Se for vender produtos usados, lembre-se que será preciso que tenham nota, que estejam bem embalados e confira questões legais sobre venda e divulgação de produtos de terceiros.
5.
Para se cadastrar nos marketplaces da B2W você vai precisar: certificado digital, CNPJ ativo, CNAE de varejista (poder vender no varejo), capital social de 1 mil reais, emitir fiscal, ter conta corrente vinculada ao CNPJ cadastrado na plataforma.