Um totem para carregar o smartphone ou rotear sinal de Wi-Fi que exibe anúncios. Essa é a ideia da Santa Carga, rede de franquias fundada pelo empreendedor Rafael Soares, de 38 anos, que já tem mais de 100 unidades em funcionamento e faturou R$ 800 mil em 2021. A projeção é triplicar o número de totens espalhados pelo país em 2022 e ultrapassar o primeiro milhão em receita.
Um totem para carregar o smartphone ou rotear sinal de Wi-Fi que exibe anúncios. Essa é a ideia da Santa Carga, rede de franquias fundada pelo empreendedor Rafael Soares, de 38 anos, que já tem mais de 100 unidades em funcionamento e faturou R$ 800 mil em 2021. A projeção é triplicar o número de totens espalhados pelo país em 2022 e ultrapassar o primeiro milhão em receita.
Ele conta que não poderia deixar de oferecer a cortesia, mas precisaria pensar em uma forma de tornar o processo mais seguro, de modo que não precisasse levar o smartphone até uma área de risco para novos acidentes. Assim, ele encomendou com um marceneiro uma pequena caixa de madeira para acomodar o aparelho, com cabos conectados e uma tela que mostrava alguns anúncios do próprio estabelecimento. “Os bares ao redor me perguntaram como poderiam alugar a caixa e outras empresas pediam para anunciar, pois estávamos em uma região movimentada. Aquilo me acendeu um sinal.”
Soares vinha do ramo de tecnologia, mas já tinha uma longa estrada empreendedora: desde ajudar o pai, quando era mais novo, com a venda de sanduíches na praia até a gestão de uma loja de informática e, posteriormente, de uma lan house.
Com o sucesso do carregador improvisado, o empreendedor fez um brainstorming com amigos para entender qual poderia ser o nome de um potencial negócio, e chegou a Santa Carga. Com isso, registrou a marca e abriu um site, pois o domínio estava livre. Na página, ele colocou apenas uma apresentação 3D do molde que havia feito no papel. “Começaram a chegar pedidos de orçamento completamente de forma orgânica”, afirma.
Soares tinha comprado o bar um ano antes, em 2014, por cerca de R$ 80 mil, quando precisou fechar a lan house. Àquela altura, com as modificações na região, ele afirma ter recebido uma proposta de R$ 300 mil pelo estabelecimento. “O polo em volta cresceu muito, e eu já estava cansado. Eu sou um cara da tecnologia, não era da noite. Vi como uma oportunidade de ouro.” Assim, resolveu usar o capital para desenvolver o projeto de carregadores.